quarta-feira, 26 de maio de 2010

Aos Meus Amigos

Estava cansado e triste

Querendo dar adeus

Mas uma gurizada doida de medonha

Consolou o eu e meus outros eus

Disseram pr’eu ser gauche na vida

E lá me fui comprar doces na venda

Pr’o menino doente que vive na minha rua

Foram balas, pirulitos, bombons

Queria mesmo era passear de mãos dadas pela lua

Com a Maria bonita do laço de fita

Mas mesmo não sendo princesa

Ela casou-se com um príncipe encantado

Fiquei desolado

Me fui pra Pasárgada

Lá sou amigo do rei

Do José também

Lá me apaixonei por uma guria

Não era uma linda prostituta

Mas gostava de me namorar

Ela se chamava Poesia

E eu lá era homem de duvidar?

De tantas belezas que ela podia me dar

Me deu uma flor amarela

Para eu sempre lembrar que a vida é bela

Nos contornos de amigos numa aquarela

E que um dia enfim

Descolorirá...