Tudo me parece tão pouco
Que a imensidão é quase nada
E a solidão é a companhia que fica
Tudo me parece tão lento
Que a velocidade é a subtração de estáticas
E as fotos são os esquecimentos lembrados
Tudo me parece tão envelhecido
Que a juventude é a mesmice de equívocos inexperientes
E os museus ainda mantém as grandes novidades
Tudo me parece tão comum
Que o incomum morreu de morte matada
E a morte morrida é a novidade solitária para ser esquecida
Tudo me parece tão real
Que o irreal é a verdadeira realidade
E o sonho não é passageiro
Tudo me parece tão aparente
Que o não aparente é contra-parente transparente do que é ausente
E o ser deixou essa vida parecer para aparecer...
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