Que venha a mim o mar
e remova, sim, a areia.
Num baque seco que a orla tateia,
espumas sem eco a flutuar
Um caranguejo, então, se esconde
enquanto vejo ondas bravas
se formarem onde
o ar em ciclone abraçava as
correntes num forte laçaço d’água fria.
De repente, do norte, ela se ergueu,
minha vista embaralha, não acreditava no que via,
era uma aquosa muralha que tocava o céu.
Veloz feito raio varreu
a praia de um jeito terrível,
e todo paraíso que um dia foi meu
sumiu liso, devastado, por uma fúria sem nível!