quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Coisas da Natureza

Que venha a mim o mar

e remova, sim, a areia.

Num baque seco que a orla tateia,

espumas sem eco a flutuar


Um caranguejo, então, se esconde

enquanto vejo ondas bravas

se formarem onde

o ar em ciclone abraçava as

correntes num forte laçaço d’água fria.

De repente, do norte, ela se ergueu,

minha vista embaralha, não acreditava no que via,

era uma aquosa muralha que tocava o céu.


Veloz feito raio varreu

a praia de um jeito terrível,

e todo paraíso que um dia foi meu

sumiu liso, devastado, por uma fúria sem nível!


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