Gota a gota cai o silêncio
De alturas impossíveis
O tamborilar de sentimentos
Em choques de nuvens,
Pássaros trovoadores
Na imensidão do horizonte
Lágrimas sensuais escorrem
Pelo dia cinza
A perfeição singela do sorriso
Que recorta o céu em descargas elétricas
Um coração traspassado
Tempestade de emoções
Ventania de insegurança e medo
Um olhar tempestivo
Repleto de segredos intocados
Num corpo selvagem
Mata virgem
Primitivo tilintar
De sussurros eloqüentes
Um cair de corpos em trovões
E relâmpagos de prazer intenso
Sibilar do vento a gemer
A transcrever
A penetração da água na terra
Fertilizando o solo árido
Umedecendo-o em íntimo inverter
De posições à brisa fogosa
Que em fagulhas banha a alma
E dá significados as frases, páginas
Que a chuva passa a escrever...
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