Sou uma flecha que rompe
O ar em transblanca parede
De solidão,
Sou um tiro no escuro
Da alma em disturbios que acalentam
Os sintomas da saudade que sinto,
Sou o sonho que plana pela neve vermelha de sangue que escapa
Do meu corpo suado cansado de tanto sangrar trabalho e esquecimento,
Sou o segundo de agora em rotação pelas ruas que desconheço
Os passos passados pela pegadas que não são minhas,
Sou o espaço sideral
Entre os umbigos dos casais
Que praticam o sexual eterno amor
Sou a conjunção dos átomos que se atropelam
Em órbitas que circundam as curvas do corpo da mulher que amo
E não me foi apresentada
Para que roubasse dela o primeiro último beijo
Sou o pedaço do pedaço da gota de lágrima que caiu
Do sorriso que me foi ofertado na vez primeira em que a vi
Passar pelos meus sonhos
Sou tudo isso e isso tudo sou o que sou,
Sou o esquecimento de mim mesmo, mesmo sendo o próprio eu no todo
Da parte que me lembrei de esquecer quando me percebi
Todo
Parte
Parte do todo
Eu em parte
Partido
Para todo sempre
Pedaços d´Eus...
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